
Os Açores como laboratório vivo para interdisciplinaridade através da realização de DAC turma 01
Apresentação
Esta formação pretende que docentes reflitam, tomem decisões e intervenham de forma esclarecida, usando de forma consciente e adequada o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PASEO), as Aprendizagens Essenciais (AE) e novas formas de organização curricular. Estes devem ser capazes de adotar opções curriculares diversificadas, nomeadamente Domínios de Autonomia Curricular (DAC), que podem constituir um desafio e uma oportunidade, contribuindo para que haja articulação disciplinar, quebrando a estanquicidade de saberes estabelecidos, integrando conhecimentos emergentes das AE, comunicando eficientemente, resolvendo problemas e exercitando uma cidadania ativa e informada. Pretende-se que os formandos consigam mobilizar as AE das suas áreas disciplinares, gerindo trabalho entre pares e com alunos, de forma a criar ambientes que incentivem trabalho cooperativo e colaborativo, recorrendo a metodologias para aprendizagens ativas e instrumentos de avaliação adequados e diversificados, contribuindo para que as aprendizagens interdisciplinares sejam ricas, significativas e contextualizadas. A formação faz parte do Plano de Atividades do Clube Ciência Viva na Escola e insere-se nos seus objetivos e atividades e da Missão assumida no Projeto Educativo do Agrupamento, que elenca Valorizar a Escola - Valorizar as Pessoas - Valorizar-se a si mesmo como ponto de partida. Pretende-se, assim, proporcionar ferramentas práticas e teóricas para que os docentes possam organizar DAC que sejam promotores de aprendizagens mais significativas para os alunos.
Destinatários
Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
- Criar espaços de partilha e reflexão sobre potencialidades e dinâmicas de trabalho colaborativo através dos DAC; - Promover a realização de atividades cooperativas, colaborativas e incentivadoras da criatividade no exterior, recorrendo às TIC; - Mobilizar conhecimentos geológicos prévios acerca das temáticas de natureza vulcânica; - Promover uma educação para o desenvolvimento sustentado por intermédio da conservação do património geológico, consubstanciada no conhecimento científico dos geossítios de natureza vulcânica no Grupo Central dos Açores; - Desenvolver atitudes e valores inerentes ao Trabalho de Campo (TC) em ambiente natural vulcânico para que os formandos desenvolvam os seus conhecimentos científicos e atitudes de cooperação, partilha e de respeito pelo património natural e construído; - Construir DAC, de acordo com cada contexto educativo (conselho de turma ou equipa educativa), integrando os conhecimentos adquiridos para promover aprendizagens ativas dos alunos; - Conhecer processos de avaliação das aprendizagens e competências no âmbito dos DAC.
Conteúdos
0. Apresentação e discussão da operacionalização da formação (1 hora). 1. Enquadramento legal dos DAC no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular (2 horas): 1.1. Legislação em vigor de Autonomia e Flexibilidade Curricular; 1.2. Os DAC como opção curricular; 1.3. Definição de um DAC: elencagem de desafios e constrangimentos; 1.4. Importância pedagógica da criação de DAC. 2. Metodologias e estratégias para aprendizagens ativas criativas através de dinâmicas/abordagens pedagógicas diferenciadas e centradas nos alunos (3 horas): 2.1. Aprendizagem baseada em questionamento; 2.2. Aprendizagem baseada em projetos; 2.3. Aprendizagem baseada na resolução de problemas; 2.4. Aprendizagem baseada em tecnologias e dispositivos móveis. 3. Aprendizagem cooperativa e colaborativa (3 horas): 3.1. Técnicas/métodos de aprendizagem cooperativa; 3.2. Técnicas/métodos de aprendizagem colaborativa; 3.3. Cloud computing: aplicações para partilha e colaboração. 4. Construção, operacionalização e avaliação de um DAC (2 horas): 4.1. Orientações para a conceção de um DAC tendo por base as AE das disciplinas envolvidas com vista ao desenvolvimento das áreas de competências inscritas no PA; 4.2. Como operacionalizar as abordagens pedagógicas num DAC, privilegiando o trabalho prático e/ou experimental e o desenvolvimento das capacidades de pesquisa, relação e análise; 4.3. Como operacionalizar a realização: quanto tempo, em que espaços e com que recursos; 4.4. Como operacionalizar a avaliação: técnicas, instrumentos e procedimentos diversificados e adequados às finalidades, ao objeto em avaliação, aos destinatários, de acordo com o seu grupo de recrutamento e ao tipo de informação a recolher. 5. Açores, laboratório vivo para DAC. 5.1 Terceira (18 horas): 5.1.1. Enquadramento geológico, sismológico e histórico da ilha; 5.1.2. Monte Brasil e Angra do Heroísmo (Museus, Câmara Municipal, Sé e Jardim Botânico); 5.1.3. Gruta do Natal e Algar do Carvão - enquadramento da origem e evolução das cavidades vulcânicas; 5.1.4. Caldeiras e paisagem vulcânica - formação e exemplos na Terceira, com visita a miradouros; 5.1.5. Geotermia - central geotérmica e Furna do Enxofre; 5.2 Graciosa (8 horas): 5.2.1. Enquadramento geológico e histórico da ilha; 5.2.2. Termalismo - introdução e Termas do Carapacho; 5.2.3. Atividade fumarólica - maciço da Caldeira e Furna do Enxofre; 5.3 São Jorge (10 horas): 5.3.1. Enquadramento geológico e histórico da ilha; 5.3.2. Fajãs - origem e exemplos; 5.3.3. Vulcanismo fissural - paisagem central da ilha. 6. Discussão e apresentação de trabalhos finais: (3 horas).
Metodologias
1. Apresentação e exploração das diversas temáticas constantes dos conteúdos em sala de aula; 2. Realização de exercícios práticos num ambiente cooperativo e colaborativo, de partilha e reflexão com recurso a ferramentas digitais colaborativas e as metodologias para aprendizagens ativas; 3. Visita às ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge, com apoio do formador e recolha de material para elaboração de trabalho final; 4. Apresentação e reflexão crítica sobre o desenvolvimento da componente de trabalho autónomo, nomeadamente sobre a gestão do currículo em articulação com as diferentes disciplinas dos formandos: planificação, operacionalização e avaliação dos DAC propostos.
Avaliação
Os formandos serão avaliados utilizando a classificação de 1 a 10 valores, conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio, utilizando os parâmetros de avaliação estabelecidos nos dispositivos legais da avaliação contínua. A avaliação do desempenho dos formandos será contínua, individual e em grupo, privilegiando-se o trabalho realizado, a participação e a atitude/contributo em cada uma das sessões. Serão privilegiadas as seguintes dimensões: Participação/contributos - 30%. Inclui a participação nas sessões, designadamente: - dinâmica de participação e qualidade/pertinência dos contributos efetuados em cada sessão; - qualidade dos trabalhos desenvolvidos em cada sessão. Trabalho produzido - 70%: - qualidade e pertinência dos trabalhos desenvolvidos e posterior envolvimento no debate em torno dessas atividades 40 % - relatório individual de reflexão crítica sobre o trabalho desenvolvido ao longo da ação. Deverá ter em conta a pertinência e funcionalidade dos materiais produzidos/analisados para a implementação dos DAC, bem como inferir sobre a relevância da ação no processo de desenvolvimento profissional dos formandos. 30%
Bibliografia
Bacich, L. & Moran, J. - organizadores (2018) - Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática, Porto Alegre, Penso Editora.Chester, D., Duncan, A., Coutinho, R. & Wallenstein, N. (2022) - Earthquakes and Volcanic Activity on Islands - History and Contemporary Perspectives from the Azores, s.l., Routledge.Cohen, A. & Fradique, J. (2018) - Guia da Autonomia e Flexibilidade Curricular, Lisboa, Raiz Editora.Cruz, J. V. et al (2005) - Livro das paisagens dos Açores - contributos para a identificação e caracterização das paisagens dos Açores, Ponta Delgada, Direcção Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos.Silva, H., Lopes, J. & Moreira, S. (2018) - Cooperar na Sala de Aula para Sucesso, Lisboa, PACTOR.
Formador
Fernando João Fernandes Oliveira Martins
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 17-05-2025 (Sábado) | 09:30 - 12:30 | 3:00 | Presencial |
2 | 17-05-2025 (Sábado) | 14:30 - 17:30 | 3:00 | Presencial |
3 | 03-07-2025 (Quinta-feira) | 14:00 - 18:00 | 4:00 | Presencial |
4 | 04-07-2025 (Sexta-feira) | 09:00 - 13:00 | 4:00 | Presencial |
5 | 04-07-2025 (Sexta-feira) | 14:30 - 17:30 | 3:00 | Presencial |
6 | 05-07-2025 (Sábado) | 10:00 - 12:00 | 2:00 | Presencial |
7 | 05-07-2025 (Sábado) | 15:00 - 17:00 | 2:00 | Presencial |
8 | 07-07-2025 (Segunda-feira) | 09:00 - 13:00 | 4:00 | Presencial |
9 | 08-07-2025 (Terça-feira) | 13:00 - 18:00 | 5:00 | Presencial |
10 | 09-07-2025 (Quarta-feira) | 09:30 - 12:30 | 3:00 | Presencial |
11 | 09-07-2025 (Quarta-feira) | 14:30 - 16:30 | 2:00 | Presencial |
12 | 10-07-2025 (Quinta-feira) | 10:00 - 12:00 | 2:00 | Presencial |
13 | 10-07-2025 (Quinta-feira) | 14:00 - 17:00 | 3:00 | Presencial |
14 | 11-07-2025 (Sexta-feira) | 09:00 - 12:00 | 3:00 | Presencial |
15 | 11-07-2025 (Sexta-feira) | 14:00 - 18:00 | 4:00 | Presencial |
16 | 19-07-2025 (Sábado) | 10:00 - 13:00 | 3:00 | Presencial |